Eu sou o caos, eu sou o fim, a negação do teu viver, do coração, eu sou silêncio
Eu sou o caos, eu sou o fim, a hora em que teu deus chorou e o desespero se pôs a rugir
Eu sou o caos, eu sou o fim, a negação do teu viver, da tua ordem, sou o término
Eu sou o caos, eu sou o fim, a lança que lhe derrubou e o sangue do teu peito a fugir

E os teus exércitos, enfim, desertam
Cientes de que não há mais perdão
Somente quando os corações despertam
É constatada toda traição

Eu sou o caos, eu sou o fim, partilho determinação, construo o novo das ruínas
Eu sou o caos, eu sou o fim, dou nova chance em vez do não, e faço o novo da destruição

E os teus exércitos, no pó, se prostram
Diante da destruição total
A ordem da qual tanto se orgulhavam
Fincava os pés num raso lodaçal

Sou o caos, sou o fim, destruição
Sou o caos, sou o fim, renovação

Nós somos a escuridão, sem a qual o dia não há, damos sentido à existência
Nós somos a escuridão, viemos para revelar a realidade e a potência

E os teus medos são nossa alegria
Tua prosperidade faz sofrer
Se admitisse-nos uma vitória
Veria então que não há o que temer

[Ponte]
Não pode haver dia sem noite, noite sem o dia
A alvorada faz nascer, da escuridão, o dia
E a manhã trará a nova luz
E essa luz removerá a cruz

[Refrão]
Nós daremos luz ao novo dia que despertará
Afirmando a verdade que vive oculta na negação
Sem mestres e nem escravos, o dia se faz

Cansados de tanta dor e cansados de tanto horror
A lei dessa vida é o medo, pro qual busca-se o torpor
Alívio não satisfaz mais, num instante se esgota.
É preciso um fim! É preciso um fim!

Cansados de estar cansado, em raiva transforma-se a dor
Não há mais outra forma, só haverá mais dor
A paz não trará resposta, a paz nunca existiu.
É preciso um fim! É preciso um fim!

A paz só reinará, a paz só virá
Se não mais existir quem não for livre
Só assim a paz virá

A paz só reinará, a paz só virá
Se não mais existir quem não for livre
Só assim a paz virá

A lei do forte é a lei da selva
A lei do mau é a lei da selva
A lei do vil é a lei da selva
A lei da dor é a lei da selva

A lei do forte é a lei da selva
Queremos outra lei entre irmãos

[Ponte]
Não pode haver dia sem noite, noite sem o dia
A alvorada faz nascer, da escuridão, o dia
E a manhã trará a nova luz
E essa luz removerá a cruz

[Refrão]
Nós daremos luz ao novo dia que despertará
Afirmando a verdade que vive oculta na negação
Sem mestres e nem escravos, o dia se fará